Keynes - Prof. Anderson

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Keynes
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Keynes nasceu em Cambridge em 1883. Seu pai era professor de lógica e de economia política na Universidade local. Educado primeiro no colégio de Eton e depois estudante em Cambridge, em 1908 o jovem Keynes - então com vinte e cinco anos - é nomeado leitor de economia. Havia sido indicado por Alfred Marshall. Não particularmente interessado na carreira acadêmica, entra no Civil Service, como alto burocrata com funções de conselheiro do governo e representante da Grã-Bretanha no exterior. Durante a Primeira Guerra Mundial trabalha para o Ministério do Tesouro. Participa, vencida a guerra, da conferência de paz com a Alemanha. Também depois da Segunda Guerra Mundial participa das conferências destinadas à criação de um sistema monetário internacional. Os acordos de Bretton Woods aceitaram, em todo caso, apenas em parte as propostas de Keynes.
Do mesmo modo que David Ricardo, Keynes se enriqueceu com bem-sucedidas especulações na bolsa. Foi também diretor de uma sociedade de seguros. Alcançando o prestigioso cargo de governador do Banco da Inglaterra, em 1942 Keynes recebe o título de lorde Keynes, barão de Tilton. Este “sustentáculo fundamental da nação”, este homem “verdadeiramente insubstituível” - assim o define seu biógrafo R. F. Harrod - morre prematuramente em 1946.
De acordo com Sérgio Ricossa, economista italiano de orientação não keynesiana, talvez Keynes não seja o maior economista de nosso século, mas sua Teoria geral tem toda probabilidade de ser o livro de economia mais citado. E há razões para isso. Saído em 1936, ele fornecia ampla explicação teórica da misteriosa catástrofe econômica iniciada em 1929: um colapso repentino dos preços, da produção e da ocupação, um retorno difuso da miséria em nações que haviam demonstrado saber ser ricas. Ao mesmo tempo, a Teoria geral fundava novamente sobre bases novas a ciência econômica, e fornecia aos homens de governo um novo modo de fazer política.
Embora pretendendo salvar o regime da propriedade privada, Keynes considerava absurdas as pretensões do liberalismo desenfreado, e era de opinião que seu trabalho provocaria “grande mudança” e subverteria “os fundamentos ricardianos do marxismo. Já como aluno de Marshall, dotado de forte senso prático, polemista brilhante e conhecedor de vastas áreas da matemática, Keynes influiu de modo decisivo e direto sobre a política de seu pais. Seu ponto de honra foi o de ter resolvido a maior crise do capitalismo sem ter abraçado o marxismo.
A economia clássica sustentava que um sistema econômico, deixado livre para funcionar em condições de livre concorrência, teria produzido o bem-estar de todos e criado um regime de ocupação plena. Entretanto, em 1924, na Inglaterra, os desempregados chegaram a um milhão e, nos Estados Unidos, no início da década de 1930, um em cada quatro trabalhadores estava sem emprego. Ora, na opinião de Keynes, essa situação não podia ser resolvida com a velha ideia de que, através da redução do salário, se criariam postos suficientes de trabalho.
Escreve Keynes: “Não é nada plausível a afirmação de que o desemprego nos Estados Unidos em 1932 devia-se ao fato de que os trabalhadores rejeitavam obstinadamente a redução dos salários nominais, ou então ao fato de que eles pediam com a mesma obstinação um salário real superior àquele que a produtividade do mecanismo econômico estava em condições de oferecer”. A realidade é que um sistema econômico, funcionando livremente com base em suas próprias leis, não leva necessariamente ao bem-estar de todos e a plena ocupação, como os fatos demonstravam. Com efeito, Keynes tornou evidente que o nível de ocupação é determinado pela soma do consumo e dos investimentos.
Consequentemente, se o consumo diminui ou se os investimentos diminuem, então crescerá o número de desempregados. Os economistas clássicos haviam tecido loas à poupança. A poupança é certamente uma virtude individual, denotando espírito de sacrifício e inteligência de previsão. Entretanto, se todos poupam e ninguém investe, naturalmente toma consistência um fatal círculo vicioso: poupando, não se consome; a queda de consumo leva ao acumulo sempre mais terrível de mercadorias não vendidas nas lojas; a superprodução gera a paralisação das fábricas; a paralisação das fábricas significa a perda imediata de postos de trabalho, além da impossibilidade de novos investimentos.


O Prof. Anderson é licenciado em Filosofia com habilitação em Sociologia, advogado especializado em direito do trabalho e apaixonado pelas Ciências Humanas.

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