O DMF no formato CTD consiste em 7 seções. Nesse vídeo vamos falar da seção 3.2.S.2.
É nessa seção que vamos encontrar as informações sobre a fabricação do IFA, tanto quanto ao fabricante e o local onde o IFA é fabricado, como o processo de fabricação em si.
Essa seção é dividida em parte aberta - a qual é compartilhada com os clientes e agências reguladoras - e parte fechada - que em geral é compartilhada apenas com agências reguladoras, por conter informações um pouco mais sensíveis sobre a fabricação do IFA.
Na parte do fabricante, precisa ficar claro em quais endereços o IFA é fabricado, desde a introdução do material de partida. Será que o local da fabricação das etapas iniciais é o mesmo das etapas finais? Ou algum intermediário é sintetizado em outro local?
Se o IFA for micronizado, em qual endereço essa etapa é feita?
Além disso, o controle de qualidade é realizado no mesmo endereço do laboratório de desenvolvimento onde ocorreram as validações analíticas?
Depois, nós vamos ver um diagrama da rota de síntese, seja ela química, fermentativa, ou outra. Todas as estruturas precisam fazer parte do diagrama já na parte aberta, e também precisamos ver uma descrição do processo de fabricação, e um fluxograma com as operações que são realizadas.
Na parte aberta essa descrição e fluxograma são simplificados, mas todos os materiais que são introduzidos precisam estar descritos, para que a indústria farmacêutica possa avaliar corretamente as impurezas potenciais. Já a parte fechada vai trazer informações mais detalhadas das condições que são utilizadas, como temperatura, pressão, tempo de operação, controles em processo.
Caso o fabricante realize reprocesso ou recuperação de materiais, esses procedimentos também precisam estar claros no DMF.
A seguir, vamos ver as informações sobre o material de partida. O material de partida deve ser escolhido e justificado com base nos princípios do ICH Q11. Para saber mais sobre definição de material de partida, tem um vídeo aqui só sobre isso.
Na parte fechada nós vamos descobrir se existe mais de um fabricante para o material de partida, quem eles são, e seus endereços. Qual a rota de síntese desse material de partida, para cada um dos seus fabricantes?
E qual sua a especificação de controle de qualidade? A especificação faz sentido considerando as possíveis rotas? Um dos pontos mais importantes para entender que o material de partida é adequado são os controles que são realizados. Todas as impurezas originadas da rota do material de partida são controladas ou tem uma justificativa de eliminação?Será que os controles abrangem as impurezas de todos os diferentes fabricantes?
Essas informações sobre o material de partida constam na seção controle de materiais. Na parte aberta deve constar uma lista de todos os materiais, enquanto que na parte fechada vamos encontrar as especificações e métodos desses materiais que são utilizados na rota.
Por fim, as demais seções ficam apenas na parte fechada: o controle de etapas críticas e intermediários, que vai descrever as especificações e métodos dos intermediários isolados da rota, e também como são controladas as etapas críticas do processo;
Uma seção sobre a validação do processo;
E uma seção de desenvolvimento do processo, que será aplicável principalmente se o IFA for uma nova entidade química, mas que pode também conter dados sobre a otimização do processo e mudanças de rota que foram realizadas ao longo dos anos.
A seção 3.2.S.2 é uma das seções mais críticas do DMF, porque é a base para entender quais as potenciais impurezas que podem ser formadas, e que precisarão ter seu controle descrito na seção seguinte.
No próximo vídeo vamos falar dessa próxima seção, a 3.2.S.3 - que nos traz a caracterização e o capítulo de impurezas. Fique ligado!
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